quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Arabe


Como raça de cavalo, tem sido sempre considerado que o árabe tem outras qualidades além da beleza. As suas caraterísticas principais são que os cavalos árabes têm sempre a rabada muito levantada e são muito magros. Os cavalos árabes são um dos cavalos preferidos das pessoas para treinar, além de serem muito mais obedientes do que qualquer outro.
Esta preocupação, que foi responsável pela grande qualidade da criação de cavalos árabes em Portugal, obrigou as autoridades oficiais a, desde 1934, durante mais de meio século, procederem a uma selecção dos reprodutores extremamente severa e sem precedentes.
Assim, para provar o valor real dos animais, a Coudelaria Nacional Portuguesa fazia uma primeira selecção dos poldros e poldras aos 3 anos, e dos garanhões aos 6 anos, só admitindo como reprodutores os cavalos que obtivessem uma nota satisfatória na árvore genealógica, no modelo, nos andamentos e nas provas funcionais. Estas, na sua fase mais dura, eram constituídas por :
  • um cross de 3.000 m com 15 obstáculos até uma altura máxima de 1,20 m, a percorrer à velocidade mínima de 600 m/minuto;
  • uma corrida de 2.500 m, à velocidade mínima de 700 m/minuto;
  • uma prova de salto de obstáculos, com 12 esforços, a uma altura máxima de 1,20 m;
  • uma prova de estrada de 70 km, à velocidade de 20 km/hora ;
  • uma prova de ensino, semelhante às utilizadas em CCE, para melhor avaliar as qualidades mentais e motoras do animal;
  • um exame clínico pormenorizado.

Crioulo


Crioulo significa “ de origem espanhola”. Em 1493, os cavalos espanhóis pisaram pela primeira vez em terra americana, na ilha La Espanõla, hoje Santo Domingo.
São estes os antepassados diretos dos cavalos crioulos americanos. O cavalo espanhol, por sua vez, tinha sangue celta e andaluz (europeu) e berbere ( africano), mas pouco ou nenhum sangue asiático ou árabe. Uma vez aclimatado no novo continente, e tendo sua criação incrementada com importações posteriores, o crioulo se reproduziu com rapidez e, em poucos anos, estendeu-se elas Antilhas e pelo continente, conquistando países como a Venezuela, Colômbia e Peru. Ao mesmo tempo, foram introduzidos cavalos diretamente da Espanha no Rio da Prata e no Paraguai, e estes se espalharam pelo Chile, Bolívia, Argentina, Uruguai e Brasil. No século XVII, iniciou-se a criação de cavalos crioulos nas imediações do Rio Grande di Sul, a partir de animais trazidos por padres jesuítas espanhóis.
Com o passar do tempo, o numero de crioulos aumentou tanto que superou as necessidades r as possibilidades de fazendeiros e índios. O Mustangue norte-americano tem uma origem semelhante à do crioulo. Parte dos cavalos domesticados se dispersou, formando bandos de cavalos selvagens, cujos descendentes forjaram as populações de crioulos nas Antilhas e na America do sul e de mustangues no México e na America do Norte.
A criação de crioulos é uma tradição tão antiga e essencial no Rio Grande do Sul quanto o uso das bombachas. Nessa região, a relação entre o homem e o cavalo é de devoção. O crioulo foi o companheiro inseparável dos colonizadores, sendo o único meio de transporte tanto dos estancieiros quanto das tropas que fizeram as revoluções e defenderam as fronteiras do estado.
Hoje, desenvolve-se nos pampas gaúchos uma das mais eficientes pecuárias de corte e a maior criação de ovinos do pais. Por isso, o cavalo crioulo continua sendo muito útil e cultuado. Passar o dia sobre o lombo de um crioulo, percorrendo imensas distancias para verificar cercas, conduzir a criação, separar animais para a marcação a ferro ou o banho de remédio faz parte do cotidiano dos muitos peões do Rio Grande do Sul. E não é a toa que a maioria dos crioulos seja criado para lida no campo, movimentando um amplo circuito de vendas em leilões e participações em exposições.
As competições especificas da raça também são muito populares, e mobilizam os criadores, principalmente do Rio Grande do Sul, mas também do Paraná e de São Paulo. A principal delas é o “freio de ouro”, cuja etapa final acontece na maior feira agropecuária anual da America Latina, a Expointer.
Basicamente , o freio de ouro avalia as características físicas dos cavalos e suas habilidades, em provas que simulam a lida no campo. A premiação não é feita em dinheiro: o vencedor ganha um exemplar do freio de ouro, troféu que da nome a competição. Os gaúchos garantem que suas competições não tem nada a ver co as festas de peão e os rodeios, influenciados pela cultura norte-americana. Nas provas que avaliam a raça crioula, os ginetes sempre se vestem “ a gaúcha”.
A eficiência no trabalho, a rusticidade, a longevidade e o baixo custo de manejo do cavalo crioulo atraem criadores de todo o pais. A demanda por bons reprodutores tem aumentado no Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, e hoje o cavalo crioulo é criado em quase todos os estados do pais.
Os criadores desejam demonstrar que essa raça é tão eficiente quanto a norte-americana quarto de milha e por isso tem participado de campeonatos nacionais com cavalos de outras raças “Rédeas” e “ Potro do Futuro”, povas em que o crioulo já conquistou alguns títulos.
A associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos foi fundada em Pelotas, em 1965, e é responsável pelo serviço de registro genealógico da raça, bom como por seu controle e desenvolvimento.

Akhal-Teke

 
O akhal-teke é um cavalo de estatura mediana, quase sempre de pelagem dourada, com um físico mais longo do que encorpado.Tem todas as características do cavalo do deserto: magro de pele fina, resistente ao calor. A cabeça possui um perfil reto, a ganacha é desproporcionalmente larga em relação ao focinho e as orelhas são grandes. A cernelha é acentuada e a garupa é caida, com a resultante inserção baixa da cauda.De um modo geral, esta raça exibem permanente agressividade, com as orelhas para trás,achatadas contra a cabeça, e edentes à mostra.

Andaluz ou Lusitanos


O Andaluz é uma raça de cavalo, originária das Andaluzia, na Espanha, e do Alentejo, em Portugal. Originada dos cruzamentos com cavalos berberes, durante o domínio mouro. Conhecido como Cavalo Colonizador, entrou na formação das principais raças atuais, como: Puro Sangue Inglês, Trakehner, Hanoveriana, Holsteiner, e outras.
Em Portugal são denominados Puro Sangue Lusitano[1] e na Espanha Puro Sangue Espanhol.[2]

Mangalarga Marchador e mangalarga paulista


O mangalarga marchador é uma raça de cavalos cuja origem remonta à coudelaria Alter Real, que chegou ao Brasil por meio de nobres da Corte portuguesa e, após, cruzada com cavalos de lida, em sua maioria advindos da raças ibéricas (bérberes), que aqui chegaram na época da Colonização do Brasil.
Segundo a tradição, em 1812, Gabriel Francisco Junqueira (o barão de Alfenas) ganhou de D. João VI, um garanhão da raça Alter Real e iniciou sua criação de cavalos cruzando este garanhão com as éguas comuns da Fazenda Campo Alegre, situada no Sul de Minas onde hoje é o município de Cruzília. Como resultado desse cruzamento, surgiu um novo tipo de cavalo que acreditamos foi denominado Sublime pelo seu andar macio.
Esses cavalos cômodos chamaram muito a atenção, e logo o proprietário da Fazenda Mangalarga trouxe alguns exemplares de Sublimes para seu uso em Paty do Alferes, próximo à Corte no Rio de Janeiro. Rapidamente tiveram suas qualidades notadas na sede do Império - principalmente o porte e o andamento - e foram apelidados de cavalos Mangalarga numa alusão à fazenda de onde vinham.
Em 1934 foi fundada a ABCCRM, Associação Brasileira de Criadores de Cavalo da Raça Mangalarga. Anteriormente, houve uma notável migração de parte da Família Junqueira para São Paulo em busca de melhores terras e riquezas. Chegando em novo solo, com topografia diferente, cultura diferente, onde a caçada ao veado era diferente, os cavalos tiveram que se adaptar a uma nova topografia e necessidades tendo a necessidade de um cavalo de melhor galope mais resistente por isto foi mais valorizado a marcha trotada que tem apoios bipedal de dois tempos com tempo mínimo de suspensão que cumpria as novas exigências do animal sem perder a comodidade, pois os animais de tríplice apoio apesar de serem mais cômodos não conseguiam acompanhar o ritmo alucinante das caçadas e a lida com gado em campo aberto que eram as duas maiores funcionalidades do cavalo Mangalarga no estado de São Paulo. Tanto o Mangalarga Marchador como o Mangalarga ou Mangalarga Paulista, são duas raças ibéricas.
Devido à inevitável diferença que estava surgindo entre os criadores de Mangalarga de São Paulo e de Minas, foi fundada em 1949 uma nova Associação, a ABCCMM. Esta Associação teve origem a partir de uma dissidência de criadores que não concordavam com os preceitos estabelecidos pela ABCCRM e teve como objetivo principal a manutenção da Marcha Tríplice Apoiada.
O tempo passou e a ABCCMM é hoje a maior associação de equinos da América Latina, com mais de 250.000 animais registrados e mais de 20.000 sócios registrados, com cerca de três mil ativos. Durante o período de meados de 70 ao final da década de 1990 o Marchador teve uma ascensão astronômica no segmento da equinocultura, batendo recordes de animais expostos, registrados, e de preços em leilões oficiais.

Cavalos da raça Friesian


Frísio ou Friesian é uma raça de cavalos de cor negra e com pêlos compridos nas pernas. É um animal de temperamento dócil e fisicamente bastante robusto. É criado principalmente na Frísia, litoral norte dos Países Baixos, de onde se origina seu nome.
É difícil datar a origem do cavalo de Friesian com precisão. É certo que o cavalo era famoso na Idade Média pois é achado em trabalhos de arte daquele período. No século XVII foi usado para levar carga debaixo de sela. Devido ao seu esplêndido trote, o Friesian foi também usado posteriormente para trabalhos leves. Isto, infelizmente, limitou seu uso em agricultura e conduziu a seu declínio do número de animais no início do século XX. Ele quase foi levado à extinção durante a Segunda Guerra Mundial pois era muito utilizado para puxar os canhões, tendo restado apenas cinco garanhões e algumas éguas após a guerra. Uma procriação sistemática restabeleceu a qualidade da raça e seus números são crescentes atualmente.
Mede cerca de 1,65 m.[1] Destaca-se por ser um excelente animal de tiro, embora também seja utilizado como animal de sela. É um animal fácil de ser mantido do ponto de vista econômico, e é muito dócil. No Brasil, foi introduzido em 2007 pelo Haras Black Foot. O cruzamento do Cavalo Frísio com o cavalo Árabe gerou a raça Arabo-frísio que está sendo criado pelo Haras Greca no Rio Grande do Sul .